(RE)… é a palavra-chave

31/01/2024
Imagem com foto de Margarida Leote Vieira, autora da newsletter: " (Re)… é a palavra-chave"

A mediação artística e cultural, juntamente com o trabalho de proximidade com as comunidades, desempenha um papel significativo na promoção da participação ativa, das mesmas, na vida cultural e na construção de relações mais próximas entre o público, os agentes culturais, e as instituições.

Partindo desta linha de trabalho, numa ótica de proximidade, incorporamos as sugestões recebidas para (RE)criarmos, (RE)pensarmos, (RE)estruturarmos, projetos e atividades.

Nada sobre mim sem mim

Sendo a mediação artística e cultural, o processo de facilitar o acesso e a compreensão de conteúdos, com linguagens próprias e especificas, por parte do público, a mesma desempenha um papel crucial, permitindo:

  • O acesso à cultura, tornando-a mais compreensível para uma ampla variedade de públicos, independentemente de capacidades cognitivas, condição física, conhecimento ou experiências culturais anteriores;

  • O enriquecimento cultural, valorizando a experiência cultural ao mesmo tempo que se trabalham conteúdos, informações e insights que aprofundam a compreensão e apreciação das obras de arte, e atividades culturais;

  • Promoção da diversidade cultural através de um trabalho de mediação destacando diferentes linguagens artísticas, essenciais em sociedades culturalmente diversas.

Destacamos a importância de um trabalho de proximidade com as comunidades, numa perspetiva de construção de relacionamentos sólidos com a pessoa, as suas instituições, artistas e equipamentos culturais que desenvolvem trabalho de mediação.

Pretendemos:

  • Promover a inclusão social, envolvendo comunidades que de outra forma se poderiam sentir excluídas;

  • A participação ativa na criação, promoção e fruição da cultura, tornando-os facilitadores no processo de expressão de uma identidade cultural;

  • Impulsionar o desenvolvimento comunitário, lançando propostas e desafios que extravasam as portas dos locais onde se desenvolvem as atividades culturais, dando continuidade ao trabalho junto das comunidades a que cada um pertence.

Esta missão só pode ser cumprida em conjunto, estabelecendo pontes e criando uma rede de trabalho, através de parcerias com outras Instituições, grupos consultivos, equipas educativas, promovendo, assim, a igualdade de oportunidades.

A mediação artística e cultural e o trabalho de proximidade com comunidades compartilham missões comuns, tais como a democratização da cultura e a promoção do empoderamento, capacitando a pessoa, as instituições, as comunidades a participarem ativamente nos processos criativos e promoção de atividades culturais, ajudam a criar e expressar as suas próprias narrativas e identidades culturais.

Partindo de um trabalho centrado na pessoa, fomos desbravando um caminho que continua a ser trilhado, até aos dias de hoje, numa relação de proximidade com os públicos e de construção de novos projetos, numa viagem com percalços, descobertas, experimentação, concretização, mas, com a bússola acertada a um norte claríssimo para todos nós.

“Aprender, fazendo” é o que nos move e (RE) é a nossa palavra-chave.

Margarida Leote Vieira

Margarida Leote Vieira é educadora Artística, pós-Graduada na área de “Crianças e Jovens em Risco e Intervenção Local”. É coordenadora de atividades parapúblicos com Necessidades Educativas Específicas; autora, coautora e orientadora de visitas e workshops, na Fundação Calouste Gulbenkian. Formadora em diferentes áreas relacionadas com a prática.

Amplificador

“Cocina Aural” é a ação conjunta de um grupo de pessoas cegas ou com baixa visão, participantes num projeto de culinária e criação sonora. A partir das experiências e receitas sonoras que surgiram em workshops, passamos para a esfera pessoal e doméstica, onde é colocado em prática tudo o que aprenderam, sentindo-se livres para inovar e experimentar. Esta experiência, através da arte sonora, pretende ser transformadora, com o desejo de gerar uma mudança em cada um dos participantes.

Clipping

Carta aberta pede a partidos a criminalização da esterilização forçada de pessoas com deficiência 
 

Ler artigo: Observador

Um grupo de 20 associações enviou uma carta aberta aos partidos que vão disputar as eleições legislativas a pedir a criminalização da esterilização forçada em Portugal de pessoas com deficiência. Portugal é um dos 3 países da União Europeia em que a esterilização é legal.

 

Agenda

Eventos com acessibilidade física, legendagem, Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição. 

Cristina Branco | Mãe 

2 de fevereiro, 21h, Centro Cultural de Belém, Lisboa
3 de fevereiro, 21h30, Theatro Circo, Braga

Destaque:  Cristina Branco é uma embaixadora da cultura e da língua portuguesa, com 26 anos de carreira, 18 álbuns editados e inúmeros concertos por todo o mundo. O fado e a música tradicional são a sua principal raiz, mas a influência do jazz, da literatura e dos músicos com quem partilha o palco, imprimem à sua música um cariz universal. Sexta-feira, dia 2, Cristina Branco sobe ao palco do Grande Auditório do CCB, um concerto integrado no ciclo Há Fado no Cais a convite do Museu do Fado, e no dia seguinte, 3 de fevereiro, atua em Braga no Theatro Circo.

+ info: Centro Cultural de Belém | Theatro Circo

Acessibilidade:

Concertos com Língua Gestual Portuguesa

Teatro São Luiz | O Fim 

4 de fevereiro, 17h30, Lisboa

Destaque:  “O Fim” parte do encontro do texto inédito “A Velhice”, de Gonçalo M. Tavares, com o desejo da Momento – Artistas Independentes de trabalhar temas como a Morte, o Fim e a própria Velhice. Quatro almas vagueiam por o que é, aos nossos olhos, uma sala de espera de um hospital. Cada uma tem uma razão muito forte para ali estar e, talvez, para habitar aquele espaço para todo o sempre, como se congelassem o instante lúcido em que se apercebem estar mais próximas da Morte – a fiel companheira. Assim, do pálido realismo ao saturado surrealismo, o espetáculo representa as fases da vida que forçam o recordar daquilo que, como seres humanos, melhor gostamos de esquecer: a efemeridade da vida. Será apenas coincidência o facto de irmos ficando todos “xexés” à medida que nos vamos esquecendo de esquecer? E que doloroso é relembrar que estamos só a uma palavra do nosso próprio fim.

+ info: Teatro São Luiz

Acessibilidade:
Espetáculo com Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição.

Mais sugestões em www.cultura-acessivel.pt 

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