No âmbito da estratégia do El Corte Inglés de Responsabilidade Social Corporativa, há um trabalho consistente desenvolvido ao longo de mais de 20 anos em relação à empregabilidade de pessoas com deficiência. Apesar de só tornarmos públicas a partir de 2017, as nossas acções em termos de empregabilidade inclusiva, a verdade é que a nossa política de não exclusão assenta, desde sempre, num pilar principal que é o compromisso que temos para com a sociedade em geral e com a comunidade onde estamos inseridos. É através de inúmeras iniciativas que reforçamos diariamente um trabalho conjunto com as entidades do sector social, nossas parceiras, em prol de uma sociedade mais plural e inclusiva.
Esta nossa forma de estar reflecte-se no impacto positivo que temos na vida das pessoas que fazem parte desta comunidade, não só através de criação de oportunidades de emprego neste colectivo tão vulnerável, mas também servindo de exemplo e partilhando boas-práticas com outras empresas.
Ao sermos uma empresa do retalho alimentar e especializado, temos um vasto leque de áreas e funções em termos de oportunidades de trabalho. Como é sabido, a atracção e retenção de talento é, actualmente, um grande desafio para qualquer organização; no caso retalho acresce ainda uma rotação própria e áreas onde é mais difícil identificar candidatos interessados. Assim, procuramos aliar a grande motivação de candidatos que não têm tantas oportunidades de trabalho com áreas onde necessitamos regularmente de colaboradores. Temos a capacidade de os formar e capacitar internamente, contribuindo para a sua estabilidade profissional e afirmação pessoal.
São várias as vantagens de decorrem desta política de gestão de recursos humanos que privilegia o acesso e contributo de todos; a existência de políticas e práticas de diversidade e inclusão contribui para a melhoria da imagem da empresa junto da comunidade, mas também da percepção que os colaboradores possuem da organização onde trabalham, elevando assim os seus níveis de participação activa e positiva.
A oportunidade de interacção com colegas com deficiência, ou em situação de vulnerabilidade, tem possibilitado a participação de muitos colaboradores em ações específicas de formação e sensibilização, abre novos canais de discussão e fomenta o pensar as questões ligadas ao exercício da cidadania. As limitações das pessoas com deficiência e a capacidade na sua superação, percepcionadas pelos colaboradores sem deficiência, conduz, muitas vezes, a uma relativização dos problemas destes, abrindo caminho para atitudes mais positivas. Por outro lado, a presença de pessoas com deficiência nas equipas de trabalho faz com que a visão colectiva ganhe preponderância face a uma visão mais individualista.
Actualmente 2,8% dos nossos colaboradores têm deficiência ou incapacidade (igual ou superior a 60%). É nosso objectivo continuar a trabalhar de forma holística os temas da Diversidade e Inclusão, pois apesar de termos um percurso consistente e reconhecido neste âmbito, sabemos que ainda há muito a fazer. A sensibilização para estas temáticas será sempre necessária, pois as equipas mudam e, por outro lado, enquanto Marca Entidade Empregadora Inclusiva, pretendemos continuar a partilhar com outras empresas as nossas boas-práticas em termos de Diversidade e Inclusão, contribuindo, assim, para a sua disseminação.
Paula Lobinho
* Texto escrito de acordo com o antigo Acordo Ortográfico.
Licenciada em Psicologia Social e das Organizações, Paula Lobinho tem formação especializada em Integração Profissional de Pessoas com Deficiência (ISCSP). Tem uma vasta experiência profissional em recursos humanos / Recrutamento e Selecção. Iniciou a atividade profissional na área da consultoria de RH e atualmente é especialista em Diversidade, Inclusão e Parcerias Institucionais no El Corte Inglés.
Clipping
Coldplay com os 5.ª Punkada – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra
Os 5.ª Punkada, banda pop/rock da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, tocaram no domingo à noite com os Coldplay, no Estádio Cidade de Coimbra.
Amplificador
Agenda
Eventos com acessibilidade física, legendagem, Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
Teatro Municipal do Porto | Carta à Matilde
2 e 3 de junho, Porto
Destaque: Partindo de um elemento autobiográfico que é a experiência da maternidade, Cátia Pinheiro propõe criar um espetáculo que tem como mote a redação de uma carta à sua filha. Uma carta em formato performativo que resultará de várias colaborações que partirão todas da mesma premissa: escrever uma carta sobre o mundo que gostaríamos que este pequeno ser habitasse. Entre medo, culpa e alegria desmedida, Carta à Matilde parte de um lugar bastante íntimo para lançar ao mundo um espetáculo-carta que se debruça nesta relação implacável que é criar uma criança e trazê-la para um lugar que tem tanto de estranho e assustador como de incrível e maravilhoso.
+ info: Teatro Municipal do Porto
Acessibilidade: Interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
Castelo de São Jorge | À Descoberta do Castelo de São Jorge
3 de junho, Lisboa
Destaque: O Castelo de São Jorge, que sobressai na malha urbana de Lisboa, é onde reunimos as histórias de um distante passado da cidade até aos nossos dias. Através de uma visita guiada com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, falamos de vários séculos de história e percorremos várias áreas do monumento, como o antigo Paço Real da Alcáçova, o Núcleo Museológico, o Núcleo Arqueológico e o Castelo. Uma verdadeira descoberta que propõe descodificar os espaços, relacionando-os com as vivências de antigamente.
+ info: Castelo de São Jorge
Acessibilidade: Visita guiada com audiodescrição.
Mais sugestões em www.cultura-acessivel.pt
